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domingo, julho 03, 2005

O poeta pois que é um fingidor.
Finge tão completamente, naturalmente
Que chega a fingir que é dor
Pois a dor que deveras sente.

E pois que os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem, claro,
Pois não as duas que ele teve,
Mas só a que eles naturalmente não têm.

E pois que assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Naturalmente esse comboio de corda
Pois que se chama coração.

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Só vê quem quer olhar

Ontem ouvi dois comentadores desportivos falar da carreira de Ronald de Boer.

«- Aqui temos Ronald de Boer, o conhecido jogador holandês, actualmente a jogar na Escócia.
- Sim, já está arredado da alta competição há uns anos.»

Se fossem os escoceses a dizer isto de Portugal, vinha logo a casa abaixo.

sábado, julho 02, 2005

Venho aqui reclamar contra a expressão «Portugal é um país à beira-mar plantado».

Não, não é. Se estivesse plantado, estaria debaixo de água. Debaixo de água é onde está a terra, e não se pode plantar uma coisa sem terra. Tentem pôr as vossas sementes de feijão só em água a ver no que dá! Não digam que eu não avisei. Se Portugal estivesse plantado à beira-mar, seria a nova Atlântida.

Portugal é muito mais um país a tomar banhos de sol na praia, do que outra coisa qualquer.
O Expresso veio para aí dizer que «Soares pensa em Belém».

Esperalhões, o Mário Soares já cumpriu os dois anos de mandato na Presidência e já não pode voltar mais para lá! Tolinhos.

Quantos anormais já vieram cá?