segunda-feira, outubro 31, 2005
stupidxcore
Ser dos 60s é tão 90s.
Ser dos 60s é tão 90s.
terça-feira, outubro 25, 2005
Hâute Culture
Os homens do campo do nosso país parece que saíram directamente dos anos 40. Ora, se eles se vestem como nos anos 40, que tipo de roupa teriam na altura? Dos anos 40? Então porque é que na altura estavam na moda e agora não? Que tal se agora usassem cor-de-rosa e preto e cortes de cabelo parabólicos?
Os homens do campo do nosso país parece que saíram directamente dos anos 40. Ora, se eles se vestem como nos anos 40, que tipo de roupa teriam na altura? Dos anos 40? Então porque é que na altura estavam na moda e agora não? Que tal se agora usassem cor-de-rosa e preto e cortes de cabelo parabólicos?
domingo, outubro 23, 2005
James Bleurgh
A nova estrela em ascensão (vá-se lá perceber porquê) James Blunt, autor do extremamente monótono e falsamente romântico êxito "You're Beautiful", onde a arte da música na sua total criatividade é expressa de forma tão original e evitando ser básico, foi um soldado na guerra da Bósnia.
Parece que era habitual andar de guitarra pelas ruas do país destruído, cantando canções para os refugiados.
Como se a guerra e destruição não fossem suficientes para aquela pobre gente, o Milosevic ainda enviou o James Blunt.
A nova estrela em ascensão (vá-se lá perceber porquê) James Blunt, autor do extremamente monótono e falsamente romântico êxito "You're Beautiful", onde a arte da música na sua total criatividade é expressa de forma tão original e evitando ser básico, foi um soldado na guerra da Bósnia.
Parece que era habitual andar de guitarra pelas ruas do país destruído, cantando canções para os refugiados.
Como se a guerra e destruição não fossem suficientes para aquela pobre gente, o Milosevic ainda enviou o James Blunt.
quinta-feira, outubro 20, 2005
Modografia de Dino Alves
(em Inglês, Dino Alves Modography)
Dino Alves nasceu em Bragança, em 1962. Filho de um pai humilde e filho da
mãe também, viu a fortuna da sua mãe crescer após um golpe de sorte na roleta
russa. Mas o vício do jogo de sua mãe não cessou, pelo que não é surpresa
Dino ser "the last Alves", como lhe chamam.
O pai perdeu-se no bosque em 1978 e não mais voltou, até que o não mais
voltar acabou em 1982, quando o pai Alves recupera a sensibilidade nos
tornozelos e volta para casa. Claro que é evidente. Por sua vez, Dino perdeu
o pai, desta vez não no bosque, mas graças a um inusitado e furtuito
incidente na roleta russa, a bela herança que a mamã lhe deixara.
O gosto de Dino pela moda evoluiu com o paladar, a partir do momento em que o
jovem bragandino começou a comer as calças. Desse momento em diante, disse
Dino. E foram várias peças de roupa prontamente ingeridas pelo rapazote,
incluindo várias peças de roupa prontamente ingeridas. Entre os exemplos
incluem-se meias, cuecas, sapatos - para o Dino mais viciado -, écharpes e
colheres.
Com a roupa dentro de si, Dino entrou pela sua casa e roubou-lhe a sua
colecção de caricas. Foi aí que, com o espírito da moda dentro dele (assim
bem como algumas peças de vestuário), Dino decidiu pela primeira vez
costurar. Haveria decidido mais algumas vezes, até que finalmente houve
resultados práticos e a primeira peça de roupa nasceu. Chamaram-lhe
Barnagondes, a peúga que veio de Este. Mas também lhe chamaram Gigibolas, a
bebida refrescante de um verão alcoolizado. Era também conhecido por Remidi,
a pequena lontra de lã. Ou o alce Calamau, que só aparece no sol posto.
Dino haveria então de consagrar-se como lenda da moda no Norte do país, ele
que nasceu na região ribatejana e nem nunca apanhou um comboio para cima dos
37 graus de latitude.
O sucesso de Dino - denominado Dinosuccess pelos mais ávidos de roupa
comestível - teve imenso sucesso, com montes de iniciativas de sucesso. Mas
como um "truartist", manteve sempre consigo a mágoa daquele pedaço de corsage
mal engolido, que lhe ficou na garganta e lhe deu aquela voz rouca e poluída
até à morte de Dino em 1989.
No início da moda dos anos 90, ou dos anos 90 da moda, ou qualquer coisa
assim parecida, a moda de Dino teve grande sucesso nos anos 90, com o estilo
retro de 1988, e teve grande sucesso.
Dino pouco depois renega então qualquer tipo de contacto com o povo,
recusando-se a fazer campanha com peixeiras e outro tipo de anormalidades da
natureza. Tornara-se lentamente, através de um processo de osmose, um budista
convicto, mudando de nome para Dyno Olvez e passando maior parte do pouco
tempo que lhe sobrava com frequência na prisão de Cacilhas, onde ficam os
barcos. O cheiro a mar e o novo nome deram-lhe gases e lançou a mais
revolucionária das colecções, que faria história nos anais de tudo quanto é
gente: o Dynomism.
Infelizmente, a Dynomism nunca chegaria a ser usada por que alma fosse, nem
exibida em passerelle nos festivais de Milão, ou noutro sítio onde se falasse
italiano.
A entrada do novo século caracterizou-se como a saída do velho século. Mas o
início do novo milénio já teve forte significado para o regressado Dino, com
I. É que após muito matutar - e esta é a palavra correcta - no cinema
pós-realista suíço, Dino mudou-se para o país dos Alpes, que os cépticos
pensavam nunca ter sido um país de relevância. Mas Dino volta a Portugal
2004, passando pelo troço de Abrantes em contra-relógio, vencendo assim a
camisola amarela, que mais tarde seria leiloada e posteriormente usada em
desfile, o que cronologicamente não parece correcto.
Dino trouxe consigo da fria terra dos relógios e do queijo e dos chocolates e
dos relógios de queijo achocolatado mais do que muitos julgavam. Trouxe
consigo a moda "tweed" polar, com fatos de ski muito "mod" e justos ao corpo,
de camurça almofadada com esponja e botins de xadrez clássico. Foi de novo um
sucesso de grande sucesso.
Hoje em dia vemos Dino pelas ruas de Lisboa, e algumas travessas também,
especialmente de rojões de porco que ele tanto aprecia. Já inscreveu o seu
nome na História da Moda em Portugal há muitos muitos anos, quando roubou a
caneta e ninguém estava a olhar. Mas mérito ninguém lhe tira.
Comandante Bósforo de Quilates
Jornal 'O Fofinho'.
(em Inglês, Dino Alves Modography)
Dino Alves nasceu em Bragança, em 1962. Filho de um pai humilde e filho da
mãe também, viu a fortuna da sua mãe crescer após um golpe de sorte na roleta
russa. Mas o vício do jogo de sua mãe não cessou, pelo que não é surpresa
Dino ser "the last Alves", como lhe chamam.
O pai perdeu-se no bosque em 1978 e não mais voltou, até que o não mais
voltar acabou em 1982, quando o pai Alves recupera a sensibilidade nos
tornozelos e volta para casa. Claro que é evidente. Por sua vez, Dino perdeu
o pai, desta vez não no bosque, mas graças a um inusitado e furtuito
incidente na roleta russa, a bela herança que a mamã lhe deixara.
O gosto de Dino pela moda evoluiu com o paladar, a partir do momento em que o
jovem bragandino começou a comer as calças. Desse momento em diante, disse
Dino. E foram várias peças de roupa prontamente ingeridas pelo rapazote,
incluindo várias peças de roupa prontamente ingeridas. Entre os exemplos
incluem-se meias, cuecas, sapatos - para o Dino mais viciado -, écharpes e
colheres.
Com a roupa dentro de si, Dino entrou pela sua casa e roubou-lhe a sua
colecção de caricas. Foi aí que, com o espírito da moda dentro dele (assim
bem como algumas peças de vestuário), Dino decidiu pela primeira vez
costurar. Haveria decidido mais algumas vezes, até que finalmente houve
resultados práticos e a primeira peça de roupa nasceu. Chamaram-lhe
Barnagondes, a peúga que veio de Este. Mas também lhe chamaram Gigibolas, a
bebida refrescante de um verão alcoolizado. Era também conhecido por Remidi,
a pequena lontra de lã. Ou o alce Calamau, que só aparece no sol posto.
Dino haveria então de consagrar-se como lenda da moda no Norte do país, ele
que nasceu na região ribatejana e nem nunca apanhou um comboio para cima dos
37 graus de latitude.
O sucesso de Dino - denominado Dinosuccess pelos mais ávidos de roupa
comestível - teve imenso sucesso, com montes de iniciativas de sucesso. Mas
como um "truartist", manteve sempre consigo a mágoa daquele pedaço de corsage
mal engolido, que lhe ficou na garganta e lhe deu aquela voz rouca e poluída
até à morte de Dino em 1989.
No início da moda dos anos 90, ou dos anos 90 da moda, ou qualquer coisa
assim parecida, a moda de Dino teve grande sucesso nos anos 90, com o estilo
retro de 1988, e teve grande sucesso.
Dino pouco depois renega então qualquer tipo de contacto com o povo,
recusando-se a fazer campanha com peixeiras e outro tipo de anormalidades da
natureza. Tornara-se lentamente, através de um processo de osmose, um budista
convicto, mudando de nome para Dyno Olvez e passando maior parte do pouco
tempo que lhe sobrava com frequência na prisão de Cacilhas, onde ficam os
barcos. O cheiro a mar e o novo nome deram-lhe gases e lançou a mais
revolucionária das colecções, que faria história nos anais de tudo quanto é
gente: o Dynomism.
Infelizmente, a Dynomism nunca chegaria a ser usada por que alma fosse, nem
exibida em passerelle nos festivais de Milão, ou noutro sítio onde se falasse
italiano.
A entrada do novo século caracterizou-se como a saída do velho século. Mas o
início do novo milénio já teve forte significado para o regressado Dino, com
I. É que após muito matutar - e esta é a palavra correcta - no cinema
pós-realista suíço, Dino mudou-se para o país dos Alpes, que os cépticos
pensavam nunca ter sido um país de relevância. Mas Dino volta a Portugal
2004, passando pelo troço de Abrantes em contra-relógio, vencendo assim a
camisola amarela, que mais tarde seria leiloada e posteriormente usada em
desfile, o que cronologicamente não parece correcto.
Dino trouxe consigo da fria terra dos relógios e do queijo e dos chocolates e
dos relógios de queijo achocolatado mais do que muitos julgavam. Trouxe
consigo a moda "tweed" polar, com fatos de ski muito "mod" e justos ao corpo,
de camurça almofadada com esponja e botins de xadrez clássico. Foi de novo um
sucesso de grande sucesso.
Hoje em dia vemos Dino pelas ruas de Lisboa, e algumas travessas também,
especialmente de rojões de porco que ele tanto aprecia. Já inscreveu o seu
nome na História da Moda em Portugal há muitos muitos anos, quando roubou a
caneta e ninguém estava a olhar. Mas mérito ninguém lhe tira.
Comandante Bósforo de Quilates
Jornal 'O Fofinho'.